Continuando essa matéria sobre o passado esquecido do nosso mangá, vamos falar agora das publicações entre os anos de 2002 até 2012.
O ano de 2002 foi o ano mais produtivo no nosso mercado cheio de lançamentos. O ano é marcado pela chegada da Panini (que a maioria de nós conhece e ama) e com a parceria que Sergio Peixoto conseguiu como a editora Camargo & Moraes para lançar mangas ao preço incrível de R$1,00 real (O.O). Infelizmente, isso só aconteceu nesse ano.
- Combo Rangers teve sua segunda temporada pela Editora Panini e teve 10 edições.
- Oiran do Studio Seasons que teve uma única edição pela Hant Editora.
- Sete dias em Alesh também do Studio Seasons e também teve uma única edição pela Hant Editora
- Tsunami volta ao mercado com uma nova serie (temporada) agora como coletania de 32 paginas de curtas historias em serie e fechadas. Ela teve 05 edições e foi lançada pela Trama Editora.
- Banzai, O Melhor do Mangá Brasileiro teve uma única edição pela Editora Escala.
- Pequeno Ninja Mangá teve 05 edições pela Editora Cristal.
- Sad Heaven, Valiant Hook e Fight Dolls se limitaram a 02 edições e foram publicadas pela Editora Camargo & Moraes.
- Talentos Mangá teve 04 edições e Gamemon teve ao que me parece 06 edições (se eu estiver errado me avisem) e Zuzna (não consegui encontrar o numero de edições de Zuzna se alguém souber me avise por comentário) todos foram publicados pela Editora Escala.
- O fanzine Alluria (mais uma vez o fanzine entra na jogada. Hehehe) pela Opera Graphica teve apenas uma única edição.
- Samaco Hentai que era (ou é ainda, vai saber né?) uma publicação erótica (essa explicação foi para os inocentes que não sabem o que é hentai, o que eu duvido que tenha, mas por via das dúvidas...) que foi lançada pela Editora Draco (uma pequena editora)
Chegamos ao ano de 2003 ano em que o declínio do mangá brasileiro começou, quando as editoras viram seus lançamentos do ano anterior fracassarem e começaram a sair do setor.
Vamos aos cancelados desse ano:
- Combo Rangers e Holy Avenger tiveram seu fim forçado.
- Mangá Tropical da Lettera fracassa.
- Alcateia é lançada, mas se limita a 03 edições.
- Dungeon Crawlers, uma mini serie mas que também fracassou e teve seu fim adiantado com promessa de continuação, mas só teve 04 edições.
- Panini. Via Lettera, Hant, Camargo & Moraes e Escala desistem de publicar mangás brasileiros.
- A Arte de Holy Avenger e Ouvindo Holy Avenger que foram lançados em comemoração ao seu sucesso (que aparente não foi o suficiente para mantê-lo nas bancas)
- Fantagor pela Editora Minuano em parceria com a Opera Graphica.
- Hentai X ganha selo da Editora Escala. Hentai X é da Editora Xanadu que por sinal é da Editora Escala.
Chegamos ao ano de 2004
A Editora Trama se torna Talismã.
- Mercenários chega as bancas pela Editora Talismã (ex Trama).
- Ethora Especial, mais um fanzine para a nossa lista que foi publicada pela Editora Talismã.
- Holy Avenger VR retorna pela Editora Melody
- Victory Contra-Ataca pela Editora Talismã
- Contos de Leemyar, Clube dos 5 e Heroes S.A são da Editora Linhas Tortas, todas tiveram apenas 02 edições.
- Espada Justiceira pela Zolar Editora Grafica que teve apenas 02 edições.
- PSI Force da Editora Casa Dois
- Shadow Hunters da KRK Studios pela Editora Fobos de Marte.
- Sugoi Mangá de Yamato Comunicações e Eventos e Editora ZN
- Endhers de César Góis e Diogo Saito, Yamato Comunicações e Eventos e Editora ZN
- Cancelamento de Holy Avenger VR
- Cancelamento de Mercenários e Tsunami
- Falência da Trama/Talismã
- Ethora, Donzela de Ferro foi uma mini-série em 5 edições, de Beth Kodama e Karina Erica Horita. Publicado pela Editora Kanetsu Press
- Holy Avenger Reload foi a segunda tentativa de relançamento de Holy Avenger, pela Mythos. Contou com 08 edições
- Nosferatus foi um misto de terror, ficção científica e aventura, de Arthur Garcia e Silvio Spotti, só teve 01 edição da Coleção Opera Comics da Editora Opera Graphica
- Cancelamento de Holy Avenger Reload a Mythos também desiste de publicar mangá.
- A editora Linhas Tortas desiste de terminar suas séries
- Fanzine (Revista Anime Invaders): Revista Anime Invanders (depois renomeada para Animation Invaders) foi revista informativa em formato Magazine da Editora Europa que publicava um suplemento em formatinho e papel jornal (daí podemos dizer de onde vieram as paginas de papel jornal dos mangás atuais) chamado fanzine com histórias de leitores
- Folck Mangá: personagens do Folclore brasileiro em versão mangá teve 01 edição da Bentivegna Editor.
Em 2006 temos somente o lançamento da Mirai pela Dream Editora.
Em 2008 chega as bancas a Turma da Monica Jovem e o cancelamento da Animation Invaders. O Catador de batatas e o Filho da Costureira de Bruno D’Angelo e Ricardo Giassetti pela Editora JBC.
O vento do Oriente: Uma Viagem Através da Imigração japonesa no Brasil: Mangá sobre a imigração japonesa no Brasil publicada pelo IBGE.
Em 2009
- Luluzinha Teen e sua turma
- Timão em estilo mangá que tinha como foco o time do Corinthias (meu time =p) pela Editora BB.
- Flores Manchadas de Sangue da Editora Devir Coletânea de histórias de samurai criadas por Claudio Seto e publicadas originalmente na Edrel.
- Eternamente Michael pela Editora Seoman que trata da Biografia do cantor Michael Jacksons
E vem 2010...
- Didi & Lili: Geração Mangá da Editora Escala
Em Julho de 2010, a Editora HQM lança no Anime Friends 2010. Os mangás O Príncipe do Best Seller e Vitral, ambos do Futago Studio. O Príncipe do Best Seller iria ser lançado pela Quadrix, editora independente do Ceará.
A Editora HQM anuncio o mangá esportivo Pole Position de Nestablo Ramos Neto.O Studio Seasons assina com a Newpop Editora para publicar Zucker (que já foi publicado em formato de tiras na revista Neotokyo produzida pela equipe da Newpop e editada pela Escala) e uma adaptação de Helena de Machado de Assis.
Pela Newpop também foi prometido reedições de Oiran e Sete Dias em Alesh (que inicialmente seriam publicados pela HQM Editora.
E no ano de 2011
- Pela Jambô Editora lançam em Fevereiro de 2011 “DBride: A Noiva do Dragão”, história publicada originalmente de forma seriada na revista Dragon Slayer da Editora Escala.
- a revista Almanaque Ação Magazine pela Lancaster Editora, uma antologia inspirada nas revistas japonesas de mangá.
- LEDD: Programada para o primeiro semestre, Ledd é uma nova série de webcomics baseada em Tormenta, roteiros de JM Trevisan e arte de Lobo Borges.
- Hansel&Gretel é um mangá da Editora NewPOP, que remete a vários contos de fadas, entre eles João e Maria , com elementos steam fantasy, de Douglas MCT.
- Cyber Touch Boy, Generation Extreme – Almas Gêmeas e Nikuneemu Sayuki pela Fanzine House Editora (vale lembrar que a Editora Fanzine House é independente).
Podemos concluir que não valorizamos o nosso próprio mangá nos últimos 09 anos e o mercado mostrou sua fragilidade quando a progressiva volta a moda dos animes (começando com Pokémon e seguido de um movimento mais ou menos organizado) desencadeou uma onda de licenciamentos que, ao promover o acesso dos fãs à produção japonesa, diminuiu aos poucos o espaço ocupado pelos mangás brasileiros, até extingui-lo.
Os três anos de lançamentos, 2003, 2004 e 2005, foram de fracassos seguidos.
Embora a baixa qualidade de alguns quadrinhos lançados naquela época seja inegável, é também evidente que perto dos últimos anos o “mangá brasileiro” atingia pelo menos maturidade técnica, com lançamentos profissionais fazendo volume aos amadores. Reflexo disso foi a tentativa de solidificação de políticas editoriais nessa última etapa, e o investimento, aparentemente sério no segmento, de editoras conhecidas.
Espero que tenham gostado e ate a próxima!
Sayonara!
"A Arte de Holy Avenger e Ouvindo Holy Avenger que foram lançados em comemoração ao seu sucesso (que aparente não foi o suficiente para mantê-lo nas bancas)" - Meu Deus, é uma piada mesmo ha ha. A revista ganha outra edição por conta do sucesso, mas é impedida de prosseguir, por conta do sucesso não ter sido o suficiente. Pqp, é de cair o cu da bunda mesmo kkkk.
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